Dr. Gustavo Spadotto - O médico que faz vidas renascerem através da cirurgia bariátrica
- Revista Personalità
- 9 de jun.
- 7 min de leitura

Daniela Brito
A medicina é uma grande paixão para Gustavo Spadotto Balarin. Com o apoio incondicional da família em toda a sua trajetória, hoje ele colhe os frutos de sua dedicação e transforma a vida de seus pacientes.
O talento do médico corre em suas veias desde a infância, quando já demonstrava vocação em brincadeiras simples, como montar e desmontar objetos — o que indicava sua habilidade para a área cirúrgica.
Formado em 2007 pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), Gustavo Spadotto Balarin se especializou em Cirurgia Geral e Cirurgia do Aparelho Digestivo, tendo como subespecialidade a Cirurgia Bariátrica e Metabólica.
Atualmente, o renomado médico é Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Minimamente Invasiva e Videolaparoscópica (SOBRACIL).
Gustavo Spadotto Balarin tem como maior propósito fazer vidas renascerem através cirurgia bariátrica, proporcionando a seus pacientes mais qualidade de vida, disposição e autoestima.
Aos 44 anos, este canceriano é pai de dois filhos, Isabella, de 11 anos, e Gustavo Júnior, de 6. Ele equilibra a vida profissional com momentos em família, tornando sua rotina mais leve.
Além da medicina, é apaixonado por música, gosta de tocar violão e também de estudar o mercado financeiro – tendo como livros de referência “Psicologia Financeira” e “Pai Rico, pai Pobre”.
Em entrevista à revista Personalità, Gustavo Spadotto Balarin compartilha um pouco da experiência como médico e traz informações sobre os benefícios da cirurgia bariátrica no tratamento da obesidade. Confira:
O que o motivou a seguir a carreira médica e, especificamente, a especialização em cirurgia bariátrica e metabólica?
Desde muito jovem, sempre tive uma afinidade com a medicina. Gostava de arrumar as coisas, desmontar e remontar objetos, o que despertou meu interesse por tratamentos e intervenções médicas. Durante a formação escolar, mantive o foco no vestibular de medicina e, com o tempo, percebi que a cirurgia era a área que mais me encantava, por permitir intervenções diretas na melhora da saúde dos pacientes.
A escolha pela cirurgia bariátrica e metabólica surgiu por uma razão pessoal: sempre enfrentei a luta contra a obesidade. Tornei-me paciente de cirurgia bariátrica e, com o sucesso do procedimento, consigo enfrentar essa batalha diariamente. Ter passado por isso me proporciona empatia com quem vive essa realidade e uma enorme satisfação em poder ajudar outras pessoas a renascerem para uma nova vida.
Como a família influenciou sua profissão e qual a importância dela em sua vida?
Minha mãe é da área da saúde e professora universitária no curso de medicina, o que me deu proximidade com a área desde cedo. Mas o que mais influenciou foi o apoio incondicional da minha família em todas as etapas da minha trajetória. Nunca fui desmotivado, sempre fui incentivado a estudar e seguir meu sonho. Acredito que o apoio familiar é essencial para qualquer conquista. Deus e a família são a base de tudo.
Quais foram os maiores desafios que enfrentou ao longo da sua formação e carreira na medicina?
O conhecimento e aprendizado são desafios constantes, pois a medicina exige atualização contínua. Durante minha formação, enfrentei provas difíceis, cursos de aprimoramento, titulações e o próprio reconhecimento profissional, que vem com o tempo e com a dedicação. Além disso, um dos maiores desafios foi mostrar à sociedade que a obesidade é uma doença crônica e grave, e não apenas uma questão estética. Hoje, sinto que conseguimos conscientizar muitas pessoas, e isso traz muita recompensa.

Como é sua rotina diária conciliando a vida pessoal e profissional? Você consegue manter um equilíbrio?
Atualmente, busco manter um equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. Cuido da minha saúde com boa alimentação, atividade física regular e suplementação adequada. Trabalho em consultório e realizo cirurgias de segunda a sexta, reservando os finais de semana para a família. Acredito que, com organização e disciplina, é possível conciliar todas as áreas da vida.
Além da medicina, quais são seus hobbies e o que gosta de fazer no tempo livre?
Sou apaixonado por música e gosto muito de tocar violão. Também curto andar de bicicleta, pescar com meus filhos e estar com amigos. Outro interesse que desenvolvi nos últimos anos foi estudar sobre finanças e o mercado financeiro.
Qual é o seu maior propósito como médico e o que mais lhe traz satisfação na profissão?
Meu maior propósito é fazer vidas renascer através do tratamento da obesidade. A maior satisfação é ver os pacientes melhorando sua qualidade de vida, conseguindo realizar atividades simples, como brincar com os filhos, dormir melhor, sentir-se mais dispostos e recuperar a autoestima. Isso não tem preço. Nos últimos anos, a cirurgia bariátrica evoluiu muito.
Quais avanços mais impactaram a especialidade e como eles beneficiam os pacientes?
A evolução dos materiais cirúrgicos, como os grampeadores mais modernos e as pinças de alta precisão, trouxe mais segurança aos procedimentos. Além disso, a capacitação de equipes multidisciplinares — incluindo nutricionistas, psicólogos, endocrinologistas e cardiologistas — tem sido essencial para o sucesso do tratamento. A melhoria nas técnicas cirúrgicas, aliada ao intenso preparo do cirurgião bariátrico, tem gerado resultados cada vez mais positivos.
Quais são os critérios mais importantes para indicar um paciente para a cirurgia bariátrica?
O principal critério é a falha no tratamento clínico com endocrinologistas e nutricionistas. Além disso, utilizamos o cálculo do IMC (Índice de Massa Corpórea): pacientes com IMC acima de 40 ou entre 35 e 40 com comorbidades (como diabetes, hipertensão e apneia do sono) são candidatos à cirurgia.
Além da perda de peso, quais benefícios metabólicos essa cirurgia pode trazer para a saúde dos pacientes?
A cirurgia bariátrica melhora ou até reverte doenças como hipertensão, diabetes, colesterol alto, apneia do sono e problemas articulares. Também melhora a autoestima e pode auxiliar no tratamento de transtornos como depressão e ansiedade.
Quais são os maiores mitos sobre a cirurgia bariátrica e como você esclarece esses equívocos aos pacientes?
Alguns dos principais mitos são:
Acreditar que a cirurgia deixa a pessoa doente. Na verdade, ela contribui para a melhora de várias doenças relacionadas à obesidade.
Achar que será necessário tomar vitaminas para sempre. É muito melhor fazer uso de suplementos vitamínicos do que tomar medicamentos para diabetes, hipertensão ou colesterol. Além disso, com uma alimentação equilibrada, a necessidade de suplementação pode ser reduzida.
Pensar que nunca mais poderá comer o que quiser. O paciente poderá, sim, comer de tudo, desde que com equilíbrio e moderação.
Que conselho você daria para quem está considerando a cirurgia, mas ainda tem receios?
Em primeiro lugar, é essencial compreender que a obesidade é uma doença grave e progressiva. Por isso, é fundamental procurar profissionais qualificados, registrados no Conselho Regional de Medicina (CRM), com qualificação e especialidade reconhecidas (RQE) e, preferencialmente, que sejam Membros Titulares da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. A cirurgia bariátrica transforma vidas, devolvendo saúde, autoestima e qualidade de vida.
Obesidade é considerada doença crônica passível de tratamento

Por Mariana Provazi
Com domínio técnico, clareza nas condutas e um raro senso de empatia, o cirurgião Dr. Gustavo Spadotto construiu uma reputação sólida no campo da cirurgia bariátrica e metabólica. Atuando com excelência em Uberaba e região, ele é hoje uma das principais referências quando o assunto é o tratamento sério e multidisciplinar da obesidade. Mas sua autoridade vai além da formação e dos resultados clínicos: nasce, sobretudo, da vivência.
“Fui operado há 13 anos. Já estive exatamente no lugar do meu paciente”, afirma. Não como frase de efeito, mas como ponto de partida para um atendimento que une escuta qualificada, acolhimento e precisão técnica. “Essa identificação muda tudo. O paciente percebe que eu não o vejo como estatística ou diagnóstico — vejo como pessoa.”
Dr. Gustavo trata a obesidade como o que ela é: uma doença crônica, grave e complexa, que exige condução contínua e estrutura de cuidado que vai muito além do centro cirúrgico. Por isso, ele defende com firmeza o papel do acompanhamento multidisciplinar. “A cirurgia não é mágica. Ela potencializa os resultados, mas não resolve sozinha. É preciso mudar hábitos, controlar ansiedade, melhorar o padrão alimentar. Por isso, contar com psicólogo, nutricionista, endocrinologista e educador físico é fundamental.”
Em tempos de avanços como a cirurgia robótica e os medicamentos injetáveis de controle metabólico, ele se posiciona com equilíbrio: abraça a tecnologia, mas sem perder o que considera essencial. “Esses recursos trazem benefícios reais, mas sem mudança de estilo de vida não há resultado sustentável. E no caso dos medicamentos, o custo ainda é alto para boa parte da população.”
Na prática clínica, Dr. Gustavo atua com a consciência de quem carrega mais do que a responsabilidade cirúrgica — carrega a confiança de pessoas que depositam nele a esperança de recomeçar. “A gratidão que recebo a cada sucesso me move. Quando um paciente me diz que ganhou uma nova chance de viver, isso me faz lembrar que estou no caminho certo.”
O cuidado vai além do consultório. Ao longo dos anos, ele se tornou também uma voz ativa contra o estigma que ainda recai sobre pessoas com obesidade. “É um preconceito silencioso, mas cruel. Muitos se sentem excluídos, presos no próprio corpo. O julgamento social é violento. Por isso, trato a obesidade com respeito e humanidade — e não aceito que ela seja reduzida à estética ou à ideia de ‘falta de esforço’.”
Entre os casos que o marcaram, ele se lembra especialmente de um jovem com mais de 260 kg, diabetes grave e uma ferida na perna que não cicatrizava. “Fizemos todo o preparo, operamos e, quatro meses depois, a ferida havia cicatrizado e os medicamentos foram suspensos. Salvamos a perna. E salvamos a vida.”
Mesmo com uma agenda intensa, ele faz questão de acompanhar seus pacientes a longo prazo — porque sabe que não existe cura sem continuidade. “Obesidade precisa de vigilância. Assim como outras doenças crônicas, exige disciplina e apoio constante. Eu estou aqui pra isso. Acompanhamento não é obrigação, é respeito.”
Com trajetória inspiradora, domínio técnico, atualização constante e uma história que se confunde com a causa que defende, o Dr. Gustavo Spadotto é mais do que um nome de referência em cirurgia metabólica. Ele é símbolo de uma medicina que olha nos olhos, que entende o corpo como biologia e história — e que devolve saúde, autonomia e dignidade a quem por muito tempo só ouviu críticas, mas agora encontra cuidado de verdade.
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